quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Cultura Popular

A cultura de Morros é bastante rica e diversificada, onde temos o meu bumba-boi de sotaque de orquestra, que hoje é Patrimônio Cultural Imaterial de Morros pela Lei Nº12/2013. O Boi de Morros é conhecido regional, nacional e internacionalmente, talvez um dos melhores e mais bonitos neste tipo de sotaque.

Possui também a dança de São Gonçalo, típica entre as pessoas da terceira idade; quadrilhas; danças portuguesas, dança da mangaba e o tambor de crioula, tradicional do povoado de Mato-Grosso, que é uma comunidade remanescente de quilombo, onde até hoje eles mantém o mesmo ritmo que seus ancestrais trouxeram da África. A cidade possui um riquíssimo artesanato com vagonite, que é um tipo de bordado; pinturas em panos; croché em fibras, como as de tucum, talos de açaí, buriti, babaçu e bananeira. 


Igrejas



Há na cidade duas igrejas católicas, a de São Bernardo e a de Nossa Senhora Aparecida, a terceira do Maranhão construída com paralelepípedos. Como é muito grande, abandonaram o projeto original de ser toda construída com esse tipo de material, pois o mesmo atrai raios, e foi terminada então com tijolos de barro. Teve sua construção iniciada em 1943 e suas obras construídas 1993

Havendo também na cidade Assembléia de Deus, Batista do Brasil, Testemunha de Jeová, Presbiteriana, Universal do Reino de Deus, Mundial e Batista o Caminho. Morros possui belas praças como a Praça São Bernardo, a Praça Santa Cruz e a Praça São João.


A verdadeira história de Morros

O município de Morros começou a ser povoado aproximadamente há 300 anos atrás, com pequenas casas de palha, chamadas joças, os primeiros moradores eram cerca de 30, que se instalaram na região devido os recursos e belezas naturais, os quais eram: a grande quantidade de peixe, águas cristalinas, caça abundante, além do extrativismo, este de frutas típicas da região. Pois o município de Morros tem a característica de ter vários ou se não todos os biomas brasileiros, características tais como: da floresta amazônica, do cerrado, mangue, campos, cocais, etc.
O povoamento de Morros começou então nessa época, pelo fato de estar bem localizada e com todos esses recursos disponíveis, logo começou a crescer, Morros era um distrito de Icatu, Icatu é segunda cidade mais velha do Maranhão, a palavra Icatu é do tupi guarani quer dizer águas boas, Icatu pelo fato de estar na baía do arraial emendado com a baía de São José de Ribamar, tal localização era um ponto estratégico para a defesa das terras maranhenses. O município de Icatu teve sua fundação na praia de Santa Maria, tomando depois todo o espaço da região do baixo Munim, onde fazem parte os municípios de: Morros , assim como Cachoeira Grande, Axixá e Presidente Juscelino faziam parte diretamente da cidade de Icatu. 
Morros como já foi mencionado, bem localizada, cercada de rios, extrativismo abundante, com bastante caça e pesca, começou desse modo a crescer, logo suas terras eram férteis, pois tudo que se plantava colhia, começou então a crescer e crescer e no final do século XIX, Manuel Pires Ferreira, o fundador da cidade de Morros, começou sua peregrinação junto ao governo do estado do Maranhão, para que Morros ficasse administrativamente livre de Icatu, porque tudo que Morros arrecadava, tudo que Morros produzia dividia com Icatu, que era a cidade da qual ele fazia parte, sendo distrito. Morros queria se tornar um município, livre de Icatu.
No começo do século XX  havia uma diferença entre município e cidade, município era um lugar administrativamente livre do outro, enquanto cidade era determinado local em que participava diretamente de tudo o que acontecia no Estado, tinha direito a voto, direito a participar de receitas, pagar seus tributos, então cidade e município eram coisas completamente diferentes e o meio termo entre cidade e município era chamado de vila. Manuel Pires Ferreira, o que mais almejava em sua vida, era que Morros se tornasse município, pois era bastante prospero, produtivo e Icatu levava boa parte do que Morros produzia. Antes de ser denominado Morros, esta terra era conhecida como Portugalzinho, Guaxenduba. Finalmente, em 28 de abril de 1898 pela força da lei Nº 210 do artigo 78 da Constituição Estadual, o governador em exercício José de Magalhães Braga assina o decreto que faz com que Morros se tornasse município, recebe esse nome devido aos numerosos morros existentes no local. Os naturais, ou habitantes de Morros, são chamados morruenses. Manuel Pires Ferreira com méritos, passa a ser o primeiro administrador do município e juntamente com população local fez algumas obras de importância, como o Porto chamado de Barreira e um arraial onde as pessoas comemoravam tal feito, mas por inveja e ganância de alguns, Manuel Pires Ferreira foi assassinado em 22 de março de 1808, sendo baleado às 7h da noite do dia anterior e morrendo às 4h da manhã da data acima citada. Assumindo então a administração em seu lugar Gregório Lopes de Sousa, também apaixonado por Morros como seu antecessor. Chegando a retirar dinheiro do seu próprio bolso para auxilio em obras no município, e ele juntamente com a população, construíram o primeiro mercado público, a reforma do Porto da Barreira, dando assim continuidade ao progresso de Morros, a tal ponto que Morros em 1914, era um dos municípios mais prósperos do Maranhão, tão forte economicamente como a própria cidade Icatu, despertando assim a curiosidade do então governador do estado do Maranhão, o Dr. Herculano Nina Pargas, que veio verificar o crescimento desse município, que mais parecia uma cidadela. O que fez com que ele em 30 de março de 1915 pela lei Nº 681 elevasse Morros a categoria de vila, mas infelizmente depois disso, houve um distanciamento entre a administração da vila e o governo do estado e em 1918 o Dr. Urbano Santos da Costa Araújo rebaixou Morros a categoria de município.
Em 1936 com a chegada do Monsenhor Bacelar, o Padre que veio para a paroquia, um homem visionário, Morros começa a negociar com o governo do estado para que possa vir a ser cidade, o que se concretizou em 29 de março de 1938 quando o governo Dr. Paulo Martins de Sousa Ramos pelo Decreto Lei Nº45 elevou Morros a categoria de cidade, e nomeou Antônio Justiniano de Moraes, prefeito interino, até que ocorressem as eleições.
Fonte: Alyson Gardel Lima Medeiros

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Morros, paraíso das águas

O município de Morros possui um povo simples e hospitaleiro. É rico em belezas naturais cheio de águas doces e cristalinas, possui uma cultura de características marcantes pela sua história com destaque ao Bumba-meu-Boi de sotaque de orquestra, seu artesanato é diferenciado e tem uma culinária diversificada. O visitante pode incluir em seu roteiro turístico o passeio pela praça de São Benardo, onde é rodeada por casarões e igrejas com vista magnifica. Um dos pontos turísticos mais apreciado pelo turista é o famoso balneário do Rio Una, dotado de uma beleza considerável por ter águas límpidas e frias, seu leito é formado de areia fina, alguns trechos de rochas e pedras e as suas margens compostas de uma vegetação exuberante podendo ser apreciado tanto em passeios de barcos pequenos ou canoas, possibilitando conhecer outros balneários. Outra atração é o passeio pelo Rio Munim, ideal para o turismo de aventura. E para ficar completo este destino, a dica é não deixar de desfrutar do banho na Cachoeira do Arruda e se vislumbrar com o turismo rural e ecológico feito em trilhas. Para chegar neste local paradisíaco só em carro tracionado, esta cachoeira é formada por uma pequena queda d'água e piscinas naturais, que proporcionam momentos mágicos que a todos ali chegam. 



Fonte: Pólo Munim